Nesta quarta-feira, 2 de abril, é o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) para difundir informações para a população sobre o autismo e assim reduzir a discriminação e o preconceito que cercam as pessoas afetadas pelo transtorno. Conforme o Ministério da Saúde, embora algumas pessoas com TEA possam viver de forma independente, existem outras com deficiências severas que precisam de atenção e apoio constante ao longo de suas vidas. Para isso, em Cachoeirinha, essas pessoas e suas famílias podem contar com o Programa TEAcolhe, criado em 2019 com o objetivo de fornecer orientação e apoio às equipes de Atenção Básica da Saúde para o atendimento a pessoas com TEA. Em 2023, foi criado outro serviço dentro do programa: o Centro de Atendimento em Saúde (CAS), ampliando as opções de suporte, estruturado para oferecer atendimento especializado e de alta qualidade, tornando-se referência regional para os municípios de Cachoeirinha, Gravataí e Glorinha.
Atualmente, são atendidos 150 pacientes, totalizando 1.200 atendimentos mensais. Os encaminhamentos são feitos pelos postos de Saúde via plataforma GERCON, que é o sistema de regulação estadual dos pacientes. A equipe técnica mínima exigida pelo programa é composta por cinco profissionais e um médico, mas o CAS TEAcolhe Cachoeirinha conta com o dobro da equipe exigida, todos com as certificações e especializações exigidas pelo programa: Neurologista, Psicólogas, Fonoaudiólogos, Psicopedagogo, Musicoterapeuta, Psicomotricista/Educador Físico, Assistente Social, Monitores de Suporte e Administrativos.
O espaço físico do CAS TEAcolhe dispõe de três salas para atendimento individual, uma sala para orientação parental e oficinas, sala multissensorial (atividades de psicomotricidade, grupos e musicoterapia), sala multifuncional para atividades socioeducativas, sala de apoio para pacientes em crise, jardim sensorial, salão coletivo para orientação parental (modelo sala de espera), três salas administrativas e dois banheiros adaptados. “O CAS TEAcolhe reforça seu compromisso em oferecer um serviço qualificado, garantindo assistência integral às pessoas com TEA e suporte às suas famílias”, avalia Paula Maritan, coordenadora da Política da Pessoa com Deficiência.
Outros serviços de apoio
Além do TEAcolhe, o município também conta com outros serviços de apoio a pessoas com TEA, mas que não são específicos, ou seja, atendem outras necessidades também: Ambulatório de Estimulação Precoce, voltado a crianças de até quatro anos que possuem agravos ou atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor, e necessitam de acompanhamento multiprofissional, de incentivo ao aprendizado e de atividades que promovam o seu desenvolvimento, bem como suporte às suas famílias; PIM/Criança Feliz tem como objetivo promover o desenvolvimento integral das crianças por meio de ações que estimulem o desenvolvimento cognitivo, motor, socioafetivo e linguístico, e é intersetorial, ou seja, gerido pelas secretarias municipais de Saúde, Educação e Assistência Social; CER II/APAE Cachoeirinha, através de convênio com a Secretaria de Cidadania e Assistência Social e com a Saúde.
Educação
Por meio da Secretaria Municipal da Educação, o município, através do Departamento INCLUTEC, realizará e participará de diversas ações nos espaços educacionais. As escolas municipais estão organizando acolhimentos, palestras, dinâmicas, horas do conto e outras atividades para abordar o tema do autismo. Além disso, serão promovidas formações com os segmentos SAEE, SOE/Articulação e Suporte, com o objetivo de fortalecer o conhecimento sobre o tema.
Como parte dessas iniciativas, a INCLUTEC sediará, no dia 30 de abril, um evento especial para profissionais da Educação Especial e a comunidade escolar, em comemoração ao primeiro ano de inauguração da sua sede. Esse espaço foi criado para viabilizar e consolidar Políticas Públicas de inclusão no município.
A INCLUTEC conta com uma equipe multiprofissional e uma infraestrutura diferenciada, diversos projetos são desenvolvidos nesse ambiente, incluindo iniciativas voltadas especificamente para alunos com autismo, como: laboratório de Psicopedagogia, laboratório de percepção corporal; laboratório de musicalização e mediação musical e a Ludoteca, um espaço lúdico onde as turmas das escolas participam de sessões de contação de histórias.
Redação: Vanessa Martins/ Lívia Bernardes
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